Dados do Observatório Digital da Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontaram que de janeiro de 2017 até o dia 27 de abril de 2018, pelo menos um trabalhador brasileiro morreu a cada quatro horas e meia, vítima de acidente de trabalho.
A segurança do trabalho é de extrema importância para evitar que esses números cresçam e para garantir a construção de um ambiente adequado para que os funcionários de uma empresa possam desenvolver suas funções de modo seguro.
Há inúmeras ferramentas e técnicas que podem garantir essa segurança, dentre as técnicas aplicadas está a análise de riscos, cujo objetivo é evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Os trabalhadores estão expostos a inúmeros riscos e perigos dentro do ambiente de trabalho, como por exemplo, radiação, manuseio de ferramentas, contato com alguns agentes biológicos, máquinas, incêndio, transporte de materiais, manuseio de equipamentos e produtos perigosos, além dos fatores de risco, especialmente em locais perigosos, como chão de fábrica, laboratórios, hospitais, canteiros de obra, etc.
“Perigo é uma situação em potencial, onde pode existir dano a uma pessoa, a algum bem. Já a situação de risco envolve o perigo, porém, com um agravante.
Imagine que você vai atravessar uma rua.
Existe o perigo de você atravessar a rua, sofrer um acidente, ser atropelado, é isso que é o risco”, explica o professor Marcos Humberto, engenheiro de segurança do trabalho.
É papel do profissional de segurança do trabalho propor ações que evitem possíveis acidentes e problemas de saúde, além de inspecionar as instalações físicas e equipamentos de uma empresa a fim de certificar de que está tudo dentro das normas e leis brasileiras de segurança.
Alguns exemplos são: a implementação e elaboração de políticas de saúde e segurança do trabalho (SST), desenvolvimento de ações educativas na área, realização de diagnóstico da situação de SST da instituição, investigação, análise e recomendação de medidas de prevenção e controle de acidentes, identificação de variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente, orientação para o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).